É interessante vê como os brasileiros passaram a se
interessar por um órgão eminentemente técnico como é o Supremo Tribunal Federal
(STF). Para muitos é difícil acompanhar as discussões pela sofisticação da
linguagem e profundidade dos argumentos, mas mesmo assim vêem a Tv justiça para
acompanhar os votos e resultados. Mas uma coisa importante tem chamado a minha
atenção: A guerra de egos entre os ministros da supremo corte brasileira.
Eles são os ministros mais importantes do pais. São os
juízes mais poderosos da nação. São as autoridades mais respeitadas do Brasil.
Tem quase unanimidade nacional. Neste momento de julgamento do mensalão, sites
de noticias e relacionamentos estão até lançando o relator como candidato a
presidente da república. Ele é a síntese do grito do povo por justiça e punição
aos corruptos do país. E de uma forma quase surpreendente, os atores e autores
do mensalão já estão condenados e vão para a cadeia. Tudo isso, honra a suprema
corte e seus atores, os ministros.
Mas o que me leva a refletir profundamente é que estes homens
poderosos são pessoas como todas as demais. Diante de tanto poder eles se
tornam poderosos e de alguma forma os egos se
confrontam. Os homens são frágeis para tanto poder. O poder é
terrivelmente tentador. Temos assistido verdadeiras guerras de egos entre o
relator e o revisor e outros ministros que se confrontam, ficam nervosos,
perdem o equilíbrio e a compostura. É uma prova que ninguém está livre de si
mesmo, das suas neuroses, das suas vulnerabilidades. Ser gente é ser frágil.
Ser gente é ter um ponto ou pontos vulneráveis. Ser gente é ser sujeito a
tentações. É bom lembrar que o poder é
muito tentador e muito sedutor.
O apóstolo Paulo fala
sobre isto a respeito dele mesmo quando dizem
segundo aos coríntios 12.7: “para que não me ensoberbecesse pela
excelência das revelações, foi-me dado
um espinho na carne...”
Paulo foi claro ao dizer que a tentação dele era a soberba. A
soberba é uma tentação do poder. Se o líder não vigiar pode cair nesta
tentação. Paulo sabia o seu ponto vulnerável. Ele sabia onde poderia falhar e
até fracassar. Ele também entendia que o espinho na carne foi um ato da graça
de Deus, para combater a soberba que o
próprio apóstolo sozinho não conseguia vencer.
Conheço líderes políticos, evangélicos e empresariais que
foram vitimas do poder que eles conquistaram, tomaram ou receberam de alguém.
Mas quando o poder pelo qual ele lutou tanto se tornou uma responsabilidade, a
patologia dele aparece. Ele fica vaidoso, esmaga os outros, se corrompe, muda a
forma de agir com os outros, fica violento com as palavras e atropela quem
aparecer em sua frente. Infelizmente, isto acontece também com pastores,
presidentes de convenções, e, até líderes de pequenas igrejas ou grupos vocais
em determinadas congregações.
O poder traz tentações como a fama, os aplausos, as criticas,
lidar com dinheiro, lidar com o sexo oposto, lidar. São os grandes testes da
liderança. Todos que tem pouco ou muito poder em função do cargo que ocupa tem
que vigiar para não cair nas diversas tentações e patologias do poder.
Se quiser
saber tudo que penso sobre o tema leia o meu livro "AS EMOÇOES DE UM LIDER",
publicado pela CPAD.
Que Deus
ajude cada pastor, líder do povo de Deus a exercitar a humildade e o
quebrantamento.
Um abraço.
Pr. Israel Alves
Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário