sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

GUERRA DE EGOS NO STF


É interessante vê como os brasileiros passaram a se interessar por um órgão eminentemente técnico como é o Supremo Tribunal Federal (STF). Para muitos é difícil acompanhar as discussões pela sofisticação da linguagem e profundidade dos argumentos, mas mesmo assim vêem a Tv  justiça para acompanhar os votos e resultados. Mas uma coisa importante tem chamado a minha atenção: A guerra de egos entre os ministros da supremo corte brasileira. Eles são os ministros mais importantes do pais. São os juízes mais poderosos da nação. São as autoridades mais respeitadas do Brasil. Tem quase unanimidade nacional. Neste momento de julgamento do mensalão, sites de noticias e relacionamentos estão até lançando o relator como candidato a presidente da república. Ele é a síntese do grito do povo por justiça e punição aos corruptos do país. E de uma forma quase surpreendente, os atores e autores do mensalão já estão condenados e vão para a cadeia. Tudo isso, honra a suprema corte e seus atores, os ministros.

Mas o que me leva a refletir profundamente é que estes homens poderosos são pessoas como todas as demais. Diante de tanto poder eles se tornam poderosos e de alguma forma os egos se  confrontam. Os homens são frágeis para tanto poder. O poder é terrivelmente tentador. Temos assistido verdadeiras guerras de egos entre o relator e o revisor e outros ministros que se confrontam, ficam nervosos, perdem o equilíbrio e a compostura. É uma prova que ninguém está livre de si mesmo, das suas neuroses, das suas vulnerabilidades. Ser gente é ser frágil. Ser gente é ter um ponto ou pontos vulneráveis. Ser gente é ser sujeito a tentações.  É bom lembrar que o poder é muito tentador e muito sedutor.
 O apóstolo Paulo fala sobre isto a respeito dele mesmo quando dizem  segundo aos coríntios 12.7: “para que não me ensoberbecesse pela excelência  das revelações, foi-me dado um espinho na carne...”

Paulo foi claro ao dizer que a tentação dele era a soberba. A soberba é uma tentação do poder. Se o líder não vigiar pode cair nesta tentação. Paulo sabia o seu ponto vulnerável. Ele sabia onde poderia falhar e até fracassar. Ele também entendia que o espinho na carne foi um ato da graça de Deus, para combater  a soberba que o próprio apóstolo sozinho não conseguia vencer.
Conheço líderes políticos, evangélicos e empresariais que foram vitimas do poder que eles conquistaram, tomaram ou receberam de alguém. Mas quando o poder pelo qual ele lutou tanto se tornou uma responsabilidade, a patologia dele aparece. Ele fica vaidoso, esmaga os outros, se corrompe, muda a forma de agir com os outros, fica violento com as palavras e atropela quem aparecer em sua frente. Infelizmente, isto acontece também com pastores, presidentes de convenções, e, até líderes de pequenas igrejas ou grupos vocais em determinadas congregações.

O poder traz tentações como a fama, os aplausos, as criticas, lidar com dinheiro, lidar com o sexo oposto, lidar. São os grandes testes da liderança. Todos que tem pouco ou muito poder em função do cargo que ocupa tem que vigiar para não cair nas diversas tentações e patologias do poder.

Se quiser saber tudo que penso sobre o tema leia o meu livro "AS EMOÇOES DE UM LIDER", publicado pela CPAD.

Que Deus ajude cada pastor, líder do povo de Deus a exercitar a humildade e o quebrantamento.

Um abraço.
 Pr. Israel Alves Ferreira

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